Como conheci a Tricologia
05:25Camila ZanoneMINHA HISTÓRIA
Olá,
tudo bem com vocês?
Me
chamo Camila Zanoni e hoje vou contar um pouco sobre como eu cheguei até a
terapia capilar e porque resolvi atuar nessa área.
Sou
fisioterapeuta graduada pela EMESCAM desde 2013 e cabeleireira há quase 10
anos, atuo com Colorimetria na área da beleza e em 2012 fiz um retoque de mechas
para o réveillon daquele ano, sempre tive 2 pontos de dermatite que pensava ser
caspa e aparecia em momentos de stress, preocupações e outras alterações
emocionais.
⚠️⚠️⚠️⚠️ No dia
do retoque o profissional colocou o pó descolorante muito próximo ao couro
cabeludo e usou uma marca de produto para o pó e uma para o peróxido de
hidrogênio, sabe-se que não é indicado esse tipo de mistura pois os princípios
ativos podem não se combinar e ocorrer problemas no fio e couro cabeludo como
foi no meu caso.
Mas
como profissional não quis intervir e nem “dar pitaco” no trabalho do colega,
pois nós sabemos o quanto isso é chato e tem pessoas que não gostam. Afinal era
meu cabelo ali e não queria maiores problemas com quem estava fazendo-o.
A
proximidade do produto foi tanta que causou uma corrosão na pele e aumentando aqueles
pequenos pontos de dermatite, estendendo-os para quase todo o couro cabeludo. A
raiz do meu cabelo ficou alaranjada, o couro cabeludo agredido e o fio
sensibilizado, pois foi aplicado produto onde já tinha descoloração.
Depois
disso foram diversas visitas a dermatologistas para tratar essa situação que
evoluiu para uma infecção bacteriana e eu tinha que lavar o cabelo 2x ao dia
pois minava secreção das regiões afetadas. Levei 3 anos em tratamento e graças
à uma médica, que ainda visava a saúde e não somente a estética e me atendeu
sem cobrar nenhum real por conta da gravidade da situação e por não atender meu
plano de saúde eu consegui a cicatrizar a pele, cessar o processo infeccioso e
parar a queda de cabelo.
Em um
curso conheci a Tricologia e Terapia Capilar e 2016 com uma profissional que
veio do Rio de Janeiro dar um curso com a proposta de alisamento sem formol e
isso me chamou atenção como profissional, não que eu queria fazer no meu cabelo
pois sabia da situação do couro cabeludo e não poderia me submeter a químicas
que encostassem na pele, mas uma proposta diferenciada para atender as minhas
clientes.
Esse
foi o primeiro contato que tive com a terapia capilar, me apaixonei de todas as
formas, ali eu vi para que eu tinha vindo ao mundo e entendi como a
fisioterapia me ajudaria no tratamento das futuras clientes/pacientes.
Hoje
eu consigo manter meu tratamento sem uso de medicação, entendi também que não
se trata somente do que está acontecendo por fora e sim de ver o ser humano
como um todo, aprendi com a minha experiência como podemos melhorar enquanto
profissionais cabeleireiros para manter a saúde do couro cabeludo e do fio das
clientes e saber ainda detectar quando existe algo de errado ali que precisa de
um olhar e um cuidado de um profissional habilitado para tal, enfim me
redescobri na área da beleza e consegui unir a saúde a isso.
Sempre
digo que tudo começa nos salões, se os profissionais de beleza se
conscientizassem da necessidade de entender mais da saúde capilar, as químicas
seriam mais bem-feitas e com menos danos a saúde tanto da cliente como do
profissional.
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